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A segunda pele da Bienal

Ontem fui à Bienal.
Quase na véspera da abertura, a impressão é de que ainda faltava muito trabalho.
Entrei pelo terceiro andar onde a Jessica veio montar uma instalação do Mat Mullican.
O piso está inteiro revestido com um trabalho da Dora Longo Bahia. Um padrão caleidoscopico em tons de cinza, que vai se desgastar durante a mostra revelando um tom vermelho. ?. A artista aplicou o trabalho como lhe conveio e se recusa a fazer retoques. O rasgou, rasgou, é parte da obra. Uma segunda pele no terceiro piso da bienal.
E outros artistas, como Mat, que se acostumem com a idéa, pois se por acaso o seu trabalho pedir a neutralidade do piso, que servirá de fundo ao olhar do observador, nesta bienal terá que engolir o desleixo da artista brasileira.

E como ela não retocou o piso, deixou o rastro para outros profissionais, e os pintores também não querem retocar a pintura.

Neste trabalho está contido a sintese da XXVIII bienal.

O espaço não está vazio, está aberto, as instalaçoes, em sua maioria, não ultrapassan a altura do guarda corpo. O trabalho de Mat Mulligan se encaixa muito bem.
continuo mais tarde.